segunda-feira, 12 de março de 2012

Pense no Local

Quando estamos viajando muitas vezes nos deparamos consumindo produtos de grandes empresas. Estas que estão dominando o mercado e excluindo muitas vezes a cultura e a população local.
Como forma de experiência quando estiver viajando, procure saber mais sobre o local e as pessoas que também fazem parte daquele lugar que está sendo visitado.
Procure saber de onde vem aquele docinho delicioso que você comeu no café da manhã do hotel. Ele pode estar bem perto de você. Muitas vezes ele é encontrado sendo vendido na praia, e você nem sabe que ele foi feito pela camareira que arrumou seu quarto hoje de manhã.
Então compre local, coma local, gaste local e aproveite o local. Boa Viagem e Carpe Diem!!


quarta-feira, 7 de março de 2012

Olá! Conectando Territórios é um blog que mostrará sobre diferentes lugares e modos autênticos de vida. 
Minha pretensão é informar variedades e aspectos peculiares de lugares visitados, de forma que facilite a conexão com a diversidade cultural e a preservação da natureza.
Ficarei honrada se adicionarem aos seus "favoritos" e fizerem comentários. Estarei aqui para troca de experiencias. Espero que gostem.
Abraços





Quilombo do Campinho da Independência, Parati, Rio de Janeiro


Kilombo, esta palavra tem origem do kimbundo, uma das principais línguas faladas em Angola.
Ki-lombo = Kilombo = Quilombo = Fortaleza.
Kilombo, significa na verdade " fortaleza de pretos construída num lugar alto". Por isso que os quilombos  se constituíram em serras altas. Algumas comunidades se fixavam em lugares de difícil acesso, próximas a áreas de floresta, longe do leito dos rios, em busca de um local defensivo. Com o fim da escravidão, muitas comunidades quilombolas se deslocaram para áreas mais próximas de centros urbanos.

Localizada a 20 km do Centro Histórico de Parati, Rio de Janeiro, Brasil, encontramos a comunidade do Campinho da Independência.
Seus antepassados contam que a antiga Fazenda Independência foi doada as três irmãs: Antonica, Marcelina e Luiza. E a comunidade hoje é basicamente formada por seus descendentes.

                                                           Representação das três mulheres


Um dos maiores motivos para se conhecer um quilombo é poder entrar em contato com a cultura afro brasileira.
O lugar é lindo. Vale a pena o passeio. Você pode tomar um banho de cachoeira e provar a comida do restaurante quilombola. No cardápio, além da tradicional feijoada, com tudo preparado no fogão a lenha, vale a pena experimentar a paçoca de banana e suco feito de palmito jussara. Não deixe de provar!
As artesãs produzem peças feitas com palha, bambu, sementes e cipó, retirados do próprio local, onde são confeccionados artesanatos para decoração, móveis de abajur a pufes, além de bolsas e outras coisas mais. Tudo isso pode ser encontrado na loja de artesanato, que ainda vende doces artesanais que são uma delícia. 

Artesanato

Através do agendamento de uma visita ao quilombo, você pode inclusive a fazer uma oficina de cestaria, aprendendo diretamente com as artesãs, assim como conhecer a agrofloresta.
A comunidade tem uma grande consciência ecológica, e através da agrofloresta, estão reintroduzindo o palmito Jussara, que é aproveitado para a confecção de artesanato e para fazer o delicioso suco. 

Agrofloresta


Também é possível conhecer o jongo, que é uma manifestação cultural africana, que é dançada e cantada com o acompanhamento de três tambores. Você pode ver a apresentação de jongo, ou pode fazer uma oficina de jongo que é oferecida aos turistas.

O Jongo


Informações Importantes:

Ambiente: Bem familiar. Fiquem a vontade as mulheres que viajam sozinhas
Hospedagem: Recomendo o camping da Tina para quem quiser dormir lá. Eles possuem três quartos com banheiro. Simples, mas aconchegante, com café da manhã, além da ótima companhia da anfitriã. Para quem quiser acampar, é só armar a barraca no local. É uma delícia dormir ouvindo o barulho do rio.
Clima: No verão é bem quente e no inverno é friozinho. É bom ir em qualquer época do ano.
Festas: Destaque para as festas de 20 de novembro e carnaval.
Formalidades: Para quem quiser conhecer o quilombo em grupo, é possível fazer um agendamento, onde podem ser incluídas oficinas de cestaria, jongo, além da agrofloresta.
Tempo de permanência: 1 a 2 dias

Para quem for a Parati, vale a pena passar um dia no Campinho para conhecer um pouco da cultura quilombola.