Paraty, Rio de Janeiro
Os habitantes originários de Paraty eram os índios da descendência dos Guaianás, que ocupavam a região que se estendiam para o norte até Angra dos Reis e para o sul até o Rio Cananéia do Sul, em São Paulo.
O local possuía peixe abundante chamado de pirati, que depois de pescado, era secado e produziam farinha. Ele era encontrado nas águas do rio Paratiguaçu, hoje conhecido como rio Pereque- Açu.
O nome Parati, que significa na língua tupi, golfo, foi dado ao local.
O município de Paraty se localiza a 248 km do Rio de Janeiro e a 330 km de São Paulo, com uma duração média de viagem de 4 horas. O principal meio de acesso é através da rodovia principal a BR101, RJ-Santos. Possui um aeroporto para aeronaves de pequeno porte, mas não existem voos comerciais. Os principais aeroportos estão concentrados nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
A cidade é Patrimônio Histórico Nacional desde 1966 e seu centro histórico é considerado pela Unesco o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso e por conta disso conserva seus casarões e igrejas.
Suas ruas com calçamento pé de moleque são protegidas por correntes que impedem a passagem dos carros, preservando sua estrutura.
O traçado urbano da cidade definitivo foi estabelecido a partir de 1726, segundo os moldes da engenharia militar, com ruas largas e planta baixa. A maçonaria deixou sua influencia nas fachadas dos sobrados onde encontram-se simbolo maçônicos estampados, ou nas esquinas onde três colunas em cantaria formam um hipotético triangulo, símbolo maçônico.
A maçonaria deixou sua forte marca nas fachadas dos sobrados com desenhos geométricos em relevo.
Sua história está relacionada a descoberta do ouro. Os portugueses se instalaram na região desde o início do século XVI e Parati, tornou-se lugar de passagem, pois era o único local em que a Serra do Mar podia ser transportada pela serra do Facão, lugar hoje onde fica a cidade de Cunha em São Paulo. Durante esse período chegou a ser o segundo maior porto do Brasil, tendo uma grande importância no desenvolvimento comercial,
onde escoava ouro vindo de Minas Gerais para a Europa.
Posteriormente ao ciclo do ouro, passa-se a ser escoado o café do Vale do Paraíba e a produção da pinga torna-se referencia de qualidade. Parati chegou a ter 120 engenhos funcionando, produzindo pinga de primeira linha e chegou a ter mais de 200 casas de moenda. Atualmente a cidade sedia o festival da pinga no mês de agosto, mostrando que a pinga continua famosa durante muitos séculos.
Paraty ficou isolada durante décadas, o que favoreceu a preservação ambiental e os modos de vida de culturas tradicionais, como a quilombola, indígena e caiçara.
Com a construção da rodovia Rio-Santos, a BR-101,na década de 70, cresce o interesse pelo turismo no local.
A cidade também é famosa pela qualidade de sua gastronomia, ofertando desde as tradicionais receitas caiçaras e indígenas, iguarias portuguesas e africanas e pratos da culinária internacional. A influencia da cultura caiçara é muito grande, com grandes variedades de peixes.
Além da culinária tipica, encontramos nas ruas de Paraty, doces de diversos tipos locais como: pé de moleque e cocada que chamam atenção pela forma que são vendidos por ambulantes nas ruas do centro histórico em carrinhos de madeira.
A população local vive nos arredores do centro histórico É comum encontrarmos índios e quilombolas vendendo seu artesanato nas ruas do centro histórico.
artesanato indígena
artesanato quilombola